segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Romaria de Aparecida-SE pode se tornar Patrimônio Cultural e entrar para o Calendário Estadual

O Projeto de Lei 63/2015 de autoria do deputado Georgeo Passos (PTC) tramita na Assembleia Legislativa de Sergipe, em que pretende declarar a Festa e Romaria de Nossa Senhora Aparecida Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado de Sergipe e a incluir no Calendário Oficial de Eventos do Estado de Sergipe.

De acordo com Georgeo Passos, a expectativa é de aprovar essa propositura até a data da 11ª edição da Romaria, que ocorrerá no dia 12 de outubro. O parlamentar comentou durante o Programa Êta Sertão da FM Itabaiana, que espera a colaboração dos demais deputados para que o projeto seja votado dentro desse prazo.


(Foto: Ademarcos Dantas).

Na Romaria 2014, aproximadamente 100 mil pessoas estiveram presentes. Os fiéis se concentram no povoado Queimadas, no município de Ribeirópolis, e lá sempre é celebrada a missa de envio dos romeiros. Após a celebração, as pessoas enfrentam o percurso de aproximadamente 7 km desse povoado até a cidade de Nossa Senhora Aparecida, como demonstração de fé. Chegando à cidade, acontece a Missa dos Romeiros sempre celebrada pelo Arcebispo Metropolitano de Aracaju e co-celebrada por diversos padres.

A primeira Romaria de Nossa Senhora Aparecida foi realizada em 2004, na ocasião em que o Papa João Paulo II decretou indulgência plenária a todas as paróquias e santuários dedicados a Nossa Senhora Aparecida. Devido a esse decreto aproximadamente 6 mil pessoas procuraram a cidade sergipana como centro de indulgência. O Padre Jadilson Andrade, atualmente administrator do Santuário do Bugio em Aracaju, foi o pároco responsável pela realização da primeira edição da Romaria.
História da paróquia
A Paróquia de Nossa Senhora Aparecida possui 16 comunidade em povoados, sendo 14 delas pertencente ao município de Nossa Senhora Aparecida e 2 ao município de São Miguel do Aleixo. Desde de 2013 é administrada por Missionários Redentoristas, sob o governo da Vice-Província de Recife, tendo atualmente como padres Erisson Roberto Monteiro da Silva, CSsR e Renato Azevêdo.
A denominação da cidade e da padroeira tem origem a partir de um milagre concedido a José Torquato de Jesus. De acordo com relatos de familiares, em 1956, à época com 33 anos ele deixou o povoado Maniçoba (atual sede do município) para passear no Sudeste do país, mas como em sua terra natal as oportunidades de emprego eram escassas, por lá ele ficou na residência de seu irmão no estado de São Paulo.
Durante sua estadia José Torquato adoeceu com um problema de saúde sério em um dente, e a cada dia que passava se agravava mais, com forte dor, e já estava difícil para se alimentar, pois sua garganta estava muito inchada, o inchaço atingia pescoço e rosto. O médico e o dentista já não sabiam o que fazer, pois já não faziam efeitos os anti-inflamatórios, outros procedimentos e muito menos a anestesia. Noites sem dormir e já bem fraco.  José Torquato, entre o dia 12 a 30 de maio de 1956 (ele não lembrava com exatidão em que dia do mês de maio ocorreu a cura) movido pela fé começou a fazer oração e de um modo todo especial lembrou Nossa Senhora Aparecida, e com muita fé pede a cura à mãe Aparecida. Ele adormece no mesmo instante, e em sua frente Nossa Senhora Aparecida lhe aparece. Ao lado dela ele caminha pelo povoado Maniçoba, e lá a santa mostra onde queria a construção da Capela. Neste momento ele é chamado pela sua esposa, que a questiona se havia melhorado e o mesmo retruca dizendo que estava curado, em seguida retorna a Sergipe, e no pequenino povoado constrói a Capela em 1957. O lugarejo posteriormente se torna sede do município homenageando a santa.  Maiores detalhes sobre a história são relatados no livro Nossa Senhora Aparecida - SE: História, Fé e Identidade, que estar sendo lançado no dia 10 de outubro pelos aparecidenses José Leidivaldo, Aparecido Santana e Isabela Alves

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