sábado, 28 de novembro de 2015

Advento: ficai preparados!



Amanhã, domingo, a Igreja inicia um novo tempo litúrgico; o Advento. Este é um tempo particularmente voltado a espera do Senhor que virá no Natal, e também que voltará para "julgar os vivos e os mortos". E para que iniciemos bem este santo tempo, compartilhamos uma reflexão sobre o primeiro domingo do advento, que também abrirá o ano C, na liturgia católica romana. Uma boa leitura a todos! 

Homilia do Mons. José Maria – I Domingo do Advento – Ano C

Ficai Preparados!

Nesse domingo, inicia mais um Ano Litúrgico, no qual relembramos e revivemos os Mistérios da História da Salvação. A Igreja nos põe de sobreaviso com quatro semanas de antecedência a fim de que nos preparemos para celebrar de novo o Natal e, ao mesmo tempo, para que, com a lembrança da primeira vinda de Deus feito homem ao mundo, estejamos atentos a essas outras vindas do Senhor: no fim da vida de cada um e no fim dos tempos. Por isso o Advento é o tempo de preparação e de esperança.
A palavra ADVENTO significa “Vinda”, chegada: nos faz relembrar e reviver as primeiras etapas da História da Salvação, quando os homens se preparam para a vinda do Salvador, a fim de que também nós possamos preparar hoje em nossa vida a vinda de Cristo por ocasião do Natal.
Diz o profeta Jeremias: Eis que outros dias virão. E nesses dias e nesses tempos farei nascer de Davi um rebento justo que exercerá o direito e a equidade na terra, diz Deus a seu povo. Essa palavra revela um esquema constante da ação de Deus: Deus promete de antemão o que vai realizar e realiza fielmente tudo o que prometeu. A promessa, portanto, é para o homem, para que possa reconhecer o que vem de Deus, para que possa ouvi-lo com fé e testemunhá-lo com força. Este é o motivo verdadeiro e profundo pelo qual o Antigo Testamento é sempre atual inclusive para nós cristãos, que continuamos a lê-lo em nossas assembleias; ele confirma que a salvação operada por Cristo vem do mesmo Deus que a anunciara pelos profetas e demonstra a unidade do plano divino da salvação.
O evangelho nos leva em cheio ao “centro dos tempos”, isto é, a Jesus Cristo. Aquela vinda de Deus junto aos homens tão esperada se realizou nele: Deus voltou os olhos para o seu povo (Lc 7,16). Mas a história não parou: o tempo “se cumpriu”, mas não se completou ainda! É Jesus mesmo que orienta o homem e a Igreja para a espera de outra vinda: Então, verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade (Lc 21,27). A primeira vinda na plenitude dos tempos aconteceu na humildade e no sofrimento. A segunda, no fim dos tempos, será com grande poder e glória. Nós vivemos nesta precisa situação determinada pela vinda de Jesus, isto é, “na recordação” de sua encarnação e “na espera” de sua parusia, entre um “já” e um “Não ainda”.
O apóstolo Paulo sugere o que devemos fazer neste meio-tempo. Também o evangelho contém preciosas indicações neste sentido: vigiar, rezar, não deixar que o coração fique insensível por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida; mas é, sobretudo, Paulo que tira as consequências práticas de tudo o que ouvimos até agora. Ele viveu precisamente em nossa situação, isto é, na recordação da passagem de Jesus sobre a terra e na espera “de sua vinda com todos os santos.” A palavra-chave usada pelo apóstolo é: crescer! Este é o tempo em que a semente acolhida no Batismo deve chegar à maturação,o tempo dado a cada um, e à Igreja inteira, para alcançar a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo (Ef 4,13).
As leituras bíblicas, como se vê, tratam de muitos temas: a vinda de Cristo, a espera, a vigilância, o crescimento, a necessidade de uma vida cristã sóbria e empenhada.
Preparemos o caminho para o Senhor que chegará em breve; e se notarmos que a nossa visão está embaçada e não distinguimos com clareza essa luz que procede de Belém, é o momento de afastar os obstáculos. É tempo de fazer com especial delicadeza o exame de consciência e de melhorar a nossa pureza interior para receber a Deus. É o momento de discernir as coisas que nos separam do Senhor e de lançá-las para longe de nós. Um bom exame de consciência deve ir até as raízes dos nossos atos, até os motivos que inspiram as nossas ações. E logo buscar o remédio no Sacramento da Penitência (Confissão)!
“Vigiai, não sabeis em que dia o Senhor virá”. Não se trata apenas da “parusia”, mas também da vinda do Senhor para cada homem no fim da sua vida, quando se encontrar face a face com o seu Salvador; e será esse o dia mais belo, o princípio da vida eterna! “Por isso, também vós ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá” (Mt 24, 44). Toda a existência do homem é uma constante preparação para ver o Senhor, que cada vez está mais perto; mas no Advento a Igreja ajuda-nos a pedir de um modo especial: “Senhor, mostrai-me os vossos caminhos e ensinai-me as vossas veredas. Dirigi-me na vossa verdade, porque sois o meu Salvador” (Sl 24).
Para manter este estado de vigília, é necessário lutar, porque a tendência de todo homem é viver de olhos cravados nas coisas da terra.
Fiquemos alertas! Assim será se cuidarmos com atenção da oração pessoal, que evita a tibieza e, com ela, a morte dos desejos de santidade; estaremos vigilantes se não abandonarmos os pequenos sacrifícios, que nos mantêm despertos para as coisas de Deus. Diz-nos São Bernardo: “Irmãos, a vós, como às crianças, Deus revela o que ocultou aos sábios e entendidos: os autênticos caminhos da salvação. Aprofundai no sentido deste Advento. E, sobretudo, observai quem é Aquele que vem, de onde vem e para onde vem; para quê, quando e por onde vem. É uma curiosidade boa. A Igreja não celebraria com tanta devoção este Advento se não contivesse algum grande mistério”
Procuremos afastar os motivos que impedem a acolhida do Senhor:
– os prazeres da vida: a pessoa mergulhada nos prazeres fica alienada… No domingo, dorme… passeia… pratica esportes… mas não sobra tempo para a Missa.
– trabalho excessivo: a pessoa obcecada pelo trabalho esquece o resto: Deus, a família, os amigos, a própria saúde…
Como desejo me preparar para o Natal desse ano?
Apenas programando festas, presentes, enfeites, músicas?
Preparemos numa atitude de humildade e vigilância a chegada de Cristo que vem.
Para nossa reflexão concluo com as palavras de S. Paulo: “Quanto a vós, o Senhor vos faça crescer abundantemente no amor de uns para com os outros e para com todos, à semelhança de nosso amor para convosco. Que ele confirme os vossos corações numa santidade irrepreensível, diante de Deus, nosso Pai, por ocasião da vinda do nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos. Enfim, irmãos, nós vos pedimos e exortamos, no Senhor Jesus, que progridais sempre mais no modo de proceder para agradar a Deus, Vós o aprendestes de nós, e já o praticais. Oxalá continueis progredindo cada vez mais. Sabeis quais são as normas que vos temos dado da parte do Senhor Jesus” ( 1Ts 3,12-4,2).
Mons. José Maria Pereira
Fonte: http://www.presbiteros.com.br/site/homilia-do-mons-jose-maria-i-domingo-do-advento-ano-c/

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Solenidade de Cristo Rei

No domingo, dia 22, a comunidade de Nossa Senhora Aparecida se reuniu para celebrar a solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo. Neste, que foi o último domingo do tempo litúrgico, a Igreja proclamar a majestade de Cristo, meditando através das leituras sobre a realeza de Cristo. O papa Francisco, na meditação deste domingo, falando sobre o evangelho, diz que " No evangelho de hoje contemplamos Jesus como ele apresenta Pilatos como rei de um reino "não é deste mundo" (Jo 18:36). Isso não significa que Cristo é rei de outro mundo, mas que é rei de outro modo, e ainda é o rei deste mundo. É um confronto entre duas lógicas. A lógica mundana repousa sobre ambição, competição, luta com as armas de medo de chantagem e manipulação das consciências. A lógica do Evangelho, que é a lógica de Jesus, em vez expressa humildade e abnegação, ele diz em voz baixa, mas de forma eficaz com o poder da verdade. Os reinos deste mundo, por vezes, são construídos sobre a arrogância, a rivalidade, a opressão; o reino de Cristo é um "reino de justiça, amor e paz" (Prefácio)."


Na paróquia, a celebração do dia de Cristo Rei foi iniciada as 15 hs, com a exposição do Santíssimo Sacramento para a adoração dos fiéis. O santíssimo permaneceu exposto até as 17 hs, quando foi dada a benção. Logo após a benção teve início a santa missa da solenidade, que foi presidida pelo pároco da comunidade, Pe. Erisson Roberto, CSsR. 






Em sua homilia, o Pe. Erisson recordou a comunidade que Cristo veio ao mundo para estabelecer o reinado de Deus Pai, e que ele é Rei. Porém, o seu reinado não se amolda como o reinado dos governantes deste mundo, ao contrário, "o reinado de Cristo é o reinado do amor. O seu trono é a Cruz. a sua coroa não é de ouro, mas de espinhos. Mas o seu palácio é o Céu."






A santa missa seguiu seu rito de costume, concluindo mais um ano litúrgico vivido em comunidade.