quarta-feira, 30 de abril de 2014

Em missa de abertura, bispos confiam 52ª Assembleia Geral à Virgem de Aparecida

Missa de abertura - 52ª Assembleia Geral da CNBB - Diego Simari

                                                                                                                                         Com liturgia e cânticos especiais, a Celebração Eucarística das 7h30 no Santuário Nacional abriu os trabalhos da 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil. O episcopado reunido confiou as atividades dos próximos dez dias à Virgem Mãe Aparecida e recordou a ausência dos bispos falecidos recentemente, Dom Aloísio Roque Oppermann, arcebispo emérito de Uberaba, e Dom José Moreira Bastos, bispos de Três Lagoas (MS).
A Celebração foi presidida pelo Cardeal Arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno Assis, e teve início com a leitura do Salmo 76 (77) “Lembrando as maravilhas do Senhor”, seguida do Cântico 1Sm 2,1-10 “Os humildes se alegram em Deus”.
Confiamos nossos trabalhos à virgem Mãe Aparecida, Padroeira e Rainha do Brasil. Este é um dos momentos mais importantes desta assembleia, pois temos os olhos fixos em Jesus Cristo, o Bom Pastor.
(Cardeal Damasceno)
O cardeal iniciou sua homilia citando os novos santos da Igreja Católica, São João Paulo II, São João XXIII e São José de Anchieta: “A santidade é uma vocação universal e as canonizações são estímulos para nós, porque nos oferecem modelos de santidade”. Em seguida, comentou o Evangelho de Marcos, ressaltando que Deus nos enviou Seu filho para que acreditemos no Seu amor. “Ele nos deu a conhecer que Deus é amor, e que podemos depositar Nele nossa confiança, porque Ele nos ama incondicionalmente. Esta é a razão da alegria cristã e motivo de partilharmos a fé crista por meio da evangelização”, disse.
Citando Papa Francisco, afirmou que “a experiência da fé é uma experiência de amor sem limites; a evangelização é a partilha desse amor”.
Em seguida, o celebrante pontou os destaques da 52ª Assembleia Geral, ressaltando o tema central ‘Comunidade de comunidades: uma nova paróquia’: “Ser comunidade é viver a fé na forma do amor fraterno, é o apoio de que necessitamos para anunciar o Evangelho com alegria e entusiasmo”, exaltou Dom Damasceno. Em seguida, lembrou os dois temas prioritários que refletirão sobre o papel do leigo na Igreja e a questão agrária no país.
Foto de: Diego Simari/ A12.com
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Cerca de 300 bispos participam da 52ª Assembleia
dos Bispos da CNBB.
Ao final, o cardeal fez uma breve prece a Nossa Senhora Aparecida: “Confiamos nossos trabalhos à virgem Mãe Aparecida, Padroeira e Rainha do Brasil. Este é um dos momentos mais importantes desta assembleia, pois temos os olhos fixos em Jesus Cristo, o Bom Pastor”.
Cardeal Damasceno recordou ainda que Dom Aloísio Roque Oppermann e Dom José Moreira Bastos já haviam confirmado presença na 52ª Assembleia Geral. “Que Deus os acolha e recompense por todo o trabalho que prestaram à Igreja como sacerdotes e bispos”, refletiu.
Fonte: Portal a12.com

domingo, 27 de abril de 2014

Papa Francisco: "João XXIII e João Paulo II não tiveram vergonha da carne de Cristo"


Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco presidiu neste Domingo da Misericórdia na Oitava de Páscoa, 27 de abril, a missa de canonização dos Papas João XXIII e João Paulo II na Praça São Pedro.


A praça, a Via da Conciliação e demais ruas adjacentes ao Vaticano estavam lotadas de peregrinos que vieram de várias partes do mundo para participar desse evento histórico para a Igreja Católica. Muitos fiéis dormiram em sacos de dormir espalhados pelas ruas e quando a Praça São Pedro foi aberta às 5h30 locais eles entraram para dentro da praça e esperaram o horário da celebração. 



Vários fiéis participaram de vigílias de orações realizadas nas igrejas de Roma. Muitos passaram a noite em claro, cantando, rezando, fazendo adoração eucarística e se confessando. Muitos peregrinos acompanharam a missa de canonização de João XXIII e João Paulo II através de telões espalhados em vários pontos do centro da capital italiana. Mais de 500 cinemas de 20 países do mundo transmitiram ao vivo a cerimônia na Praça São Pedro.



O Papa emérito Bento XVI concelebrou com o Papa Francisco a missa de canonização de João XXIII e João Paulo II. Ao entrar no adro da Basílica de São Pedro, pouco antes da cerimônia, Bento XVI foi aplaudido pelos fiéis. Os peregrinos aplaudiram também o Papa Francisco quando foi ao encontro do Papa emérito para saudá-lo com um abraço.



"No centro deste domingo, que encerra a Oitava de Páscoa e que João Paulo II quis dedicar à Misericórdia Divina, encontramos as chagas gloriosas de Jesus ressuscitado. Já as mostrara quando apareceu pela primeira vez aos Apóstolos, ao anoitecer do dia depois do sábado, o dia da Ressurreição. Mas, naquela noite, Tomé não estava; e quando os outros lhe disseram que tinham visto o Senhor, respondeu que, se não visse e tocasse aquelas feridas, não acreditaria", disse o Papa Francisco no início de sua homilia. 



"Oito dias depois, Jesus apareceu de novo no meio dos discípulos, no Cenáculo, encontrando-se presente também Tomé; dirigindo-Se a ele, convidou-o a tocar as suas chagas. E então aquele homem sincero, aquele homem habituado a verificar tudo pessoalmente, ajoelhou-se diante de Jesus e disse: «Meu Senhor e meu Deus!». Se as chagas de Jesus podem ser de escândalo para a fé, são também a verificação da fé. Por isso, no corpo de Cristo ressuscitado, as chagas não desaparecem, continuam, porque aquelas chagas são o sinal permanente do amor de Deus por nós, sendo indispensáveis para crer em Deus: não para crer que Deus existe, mas sim que Deus é amor, misericórdia, fidelidade. Citando Isaías, São Pedro escreve aos cristãos: «pelas suas chagas, fostes curados»", disse ainda o Santo Padre.



"João XXIII e João Paulo II tiveram a coragem de contemplar as feridas de Jesus, tocar as suas mãos chagadas e o seu lado traspassado. Não tiveram vergonha da carne de Cristo, não se escandalizaram d’Ele, da sua cruz; não tiveram vergonha da carne do irmão, porque em cada pessoa atribulada viam Jesus. Foram dois homens corajosos, cheios da parresia do Espírito Santo, e deram testemunho da bondade de Deus, de sua misericórdia, à Igreja e ao mundo. Foram sacerdotes, bispos e papas do século XX. Conheceram as suas tragédias, mas não foram vencidos por elas. Mais forte, neles, era Deus; mais forte era a fé em Jesus Cristo, Redentor do homem e Senhor da história; mais forte neles, era a misericórdia de Deus que se manifesta nestas cinco chagas; mais forte era a proximidade materna de Maria", frisou ainda o Papa Francisco.



Segundo o pontífice, "nestes dois homens contemplativos das chagas de Cristo e testemunhas da sua misericórdia, habitava «uma esperança viva», juntamente com «uma alegria indescritível e irradiante». A esperança e a alegria que Cristo ressuscitado dá aos seus discípulos, e que nada e ninguém os pode privar. A esperança e a alegria pascais, passadas pelo crisol do despojamento, do aniquilamento, da proximidade aos pecadores levada até ao extremo, até a náusea pela amargura daquele cálice. Estas são a esperança e a alegria que os dois santos Papas receberam como dom do Senhor ressuscitado, tendo-as, por sua vez, doado em abundância ao Povo de Deus, recebendo sua eterna gratidão". 



"Esta esperança e esta alegria respiravam-se na primeira comunidade de fiéis, em Jerusalém, da qual nos falam os Atos dos Apóstolos. É uma comunidade onde se vive o essencial do Evangelho, isto é, o amor, a misericórdia, com simplicidade e fraternidade."



"E esta é a imagem de Igreja que o Concílio Vaticano II teve diante de si. João XXIII e João Paulo II colaboraram com o Espírito Santo para restabelecer e atualizar a Igreja segundo a sua fisionomia originária, a fisionomia que lhes deram os santos ao longo dos séculos. Não esqueçamos que são precisamente os santos que levam avante e fazem crescer a Igreja. Na convocação do Concílio, João XXIII demonstrou uma delicada docilidade ao Espírito Santo, deixou-se conduzir e foi para a Igreja um pastor, um guia-guiado. Este foi o seu grande serviço à Igreja; foi o Papa da docilidade ao Espírito", sublinhou o pontífice.



"Neste serviço ao Povo de Deus, João Paulo II foi o Papa da família. Ele mesmo disse uma vez que assim gostaria de ser lembrado: como o Papa da família. Apraz-me sublinhá-lo no momento em que estamos vivendo um caminho sinodal sobre a família e com as famílias, um caminho que ele seguramente acompanha e sustenta do Céu."



"Que estes dois novos santos Pastores do Povo de Deus intercedam pela Igreja para que, durante estes dois anos de caminho sinodal, seja dócil ao Espírito Santo no serviço pastoral à família. Que ambos nos ensinem a não nos escandalizarmos das chagas de Cristo, a penetrarmos no mistério da misericórdia divina que sempre espera, sempre perdoa, porque sempre ama", concluiu o Papa Francisco. (MJ)

Fotos da internet 






















Texto proveniente da página http://pt.radiovaticana.va/news/2014/04/27/papa_francisco:_jo%C3%A3o_xxiii_e_jo%C3%A3o_paulo_ii_n%C3%A3o_tiveram_vergonha_da/bra-794286
do site da Rádio Vaticano 

Missa da Ceia do Senhor

As celebrações centrais da Semana se concentram, sem dúvidas, no tríduo pascal. Este, tem seu inicio a partir da tarde da quinta feira santa, com a santa missa In Coena Domini, ou missa da Ceia do Senhor. Nesta, fazemos memória da ultima ceia de Cristo com seu apóstolos, lembramos do mandamento do amor que nos foi dado por ele, e repetimos o gesto do lava-pés. 
O missal dominical da assembléia Cristã nos diz: "A instituição da eucaristia como rito memorial da nova aliança é certamente o aspecto mais evidente da celebração atual, que, aliás, justifica a sua solenidade como uma evocação "histórica" e figurativa do acontecimento realizado na ultima ceia. Mas é o próprio missal romano que convida a meditar sobre dois aspectos do mistério deste dia: a instituição do sacerdócio ministerial e o serviço fraterno da caridade. De fato, sacerdócio e caridade estão estreitamente ligados com o sacramento da eucaristia, compreendido em sua globalidade e de modo mais preciso."
Nesta celebração, lembramos três pontos específicos: 1º - Jesus lavar os pés dos seus: é um gesto de amor; 2º  -  Jesus se dá em alimento; é sacramento do amor; 3º - O sacerdócio nasce da eucaristia; é dom para a unidade. 
E assim, a comunidade de Nossa Senhora Aparecida abriu o seu tríduo pascal na santa missa precidida pelo seu pároco, Pe. Erisson Roberto Monteiro da Silva, CSsR.