sábado, 22 de novembro de 2014

Solenidade de Cristo Rei do Universo


Jesus Cristo Rei do Universo

Neste último Domingo do Ano Litúrgico, a Igreja nos apresenta Jesus Cristo como Rei do universo. O Evangelho no-lo mostra cercado de anjos, sentado num trono de glória para o julgamento final da história e da humanidade. Ele é Rei-Juiz, é o critério da verdade e da mentira, do bem e do mal, da vida e da morte. Por mais que a humanidade queira fazer a verdade do seu modo, por mais que distorça o bem em mal e o mal em bem e procure a vida onde não há vida verdadeira, vida plena, uma coisa é certa: somente em Jesus Cristo tudo aparecerá, um dia, na sua justa realidade, na sua inapelável verdade. Nós cremos com toda firmeza que a criação toda, a história toda e a vida de cada um de nós caminham para o Cristo e por ele serão passadas a limpo, nele serão julgadas! Ele é Rei-Juiz: ao final “todas as coisas estarão submetidas a ele”. Fora dele não haverá salvação, nem esperança nem vida. Ele é a Vida!

Mas, se Cristo Jesus é nosso Rei-Juiz, isto se deve ao fato de ser primeiramente nosso Rei-Pastor, aquele que dá a vida pelas ovelhas. Ele é “o que foi imolado”, o mesmo que, com ânsia e cuidado, procura suas ovelhas dispersas, toma conta do rebanho, cuida da ovelha doente e vigia e vela em favor da ovelha gorda e forte. Eis o nosso juiz, eis o juiz da humanidade: aquele ferido de amor por nós, aquele que por nós deu a vida, aquele que se fez um de nós, colocando-se no nosso meio!
Atualmente, a nossa civilização ocidental perdeu quase que de modo total a consciência da realeza de Cristo. Dizem hoje, cheios de orgulho, os sábios da sabedoria do mundo: “O homem é rei!” Gritam: “Não queremos que esse Jesus reine sobre nós! Não queremos que nos diga o que fazer, como viver; não aceitamos limites do certo e do errado, do bem e do mal, do moral e do imoral… a não ser os nossos próprios limites. E, para nós, não há limites!” Eis o pecado original, a arrogância fundamental da humanidade atual. Nunca fomos tão prepotentes quanto agora; nunca tão iludidos e enganados como atualmente!
E, no entanto, Cristo é Rei, o único Rei verdadeiro, cujo Reino jamais passará. Mas esse Rei nos escandaliza também a nós, cristãos. É que ele não é um rei mundano, estribado na vã demonstração de poder, de glória, de imposição. Não! Ele é o Rei-Pastor que se fez Rei-Cordeiro manso e humilde imolado por nós. Por isso“é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra. A ele o poder pelos séculos”. A grandeza e o poder do Senhor neste mundo não se manifestarão na grandeza, mas nas coisas pequenas, na fragilidade do amor, daquele amor que na cruz apareceu como capaz de entregar a vida pelos irmãos. Gostaríamos de um Cristo-Rei na medida das nossas vãs grandezas… Gostaríamos de uma Igreja forte, aplaudida, elogiada, reverenciada. Mas, não! A Igreja, continuadora na história do mistério salvífico de Cristo, tem de participar do escândalo do seu Senhor, de pobreza do seu Senhor. E, então, neste Cristo-Rei de 2006, vemo-la humilhada e manchada por tantos escândalos. Pobre Mãe católica! Não merecia isso de seus filhos, de seus ministros, de seus pastores! Mas, faz parte das dores do Reino do Senhor! Faz parte do mistério do Reino a pobreza de Cristo, a mansidão de Cristo, a derrota de Cristo na cruz, o silêncio de Cristo, a morte de Cristo. E tudo isso tem que estar presente também na vida da Igreja e na nossa vida! Como nos exorta São Paulo:“Lembra-te de Jesus Cristo, ressuscitado dentre os mortos. Fiel é esta palavra: Se com ele morremos, com ele viveremos. Se com ele sofremos, com ele reinaremos” (2Tm 2,8.11).
Eis, pois, caríssimos no Senhor. Celebremos hoje a Realeza de Cristo, dispondo-nos a participar da sua cruz. Na Igreja, no Reino de Deus, reinar é servir. Sirvamos, com Cristo, como Cristo e por amor de Cristo! No Evangelho desta Solenidade, o critério para participar do Reinado do Senhor Jesus é tê-lo servido nos irmãos: no pobre, no despido, no doente, no prisioneiro, no fraco. Que Reino, o de Cristo! Manifesta-se nas coisas pequenas, nas pequenas sementes, nos pequenos gestos, no amor dado e recebido com pureza cada dia.
Na verdade, segundo os Santos Padres da Igreja, o Reino de Cristo, o Reino que ele entregará ao Pai, somos nós; nós, que fizemos como ele fez, lavando os pés do mundo e servindo ao mundo a única coisa que realmente compensa: a amor de Cristo, a verdade de Cristo, o Evangelho de Cristo, o exemplo de Cristo, a salvação de Cristo, a vida de Cristo… para que o mundo participe eternamente do Reino de Cristo!
Caríssimos no Senhor, despojemo-nos de todo pensamento mundano sobre reis, reinos e coroas. Fixemos nosso olhar no trono da cruz, naquele que ali se encontra despido e coroado de espinhos. Aprendamos com admiração, estupor e gratidão que nossa mais gloriosa herança neste mundo é participar do seu reinado, levando a humanidade a descobrir quão diferentes dos nossos são os critérios de Deus. Quando aprendermos isso, quando a humanidade aprender isso, o Reino entrará no mundo e o mundo entrará no Reino, Reino de Cristo,“Reino de verdade e de vida, Reino de santidade e de graça, Reino da justiça, do amor e da paz”.
Domine, adveniat Regnum tuum! – Senhor, venha o teu Reino! Amém.
Dom Henrique Soares da Costa 
Bispo diocesano de Palmares - PE
Fonte: http://www.presbiteros.com.br/site/homilia-do-d-henrique-soares-da-costa-%E2%80%93-solenidade-de-cristo-rei/

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Um novo bispo e um novo provincial

Quarta-feira cheia de surpresas e graças na Arquidiocese de Aracaju e na vice província redentorista de Recife. 


Na manhã desta quarta-feira, 05, memória litúrgica de São Zacarias e Santa Isabel, o Papa Francisco nomeou sua excelência reverendíssima, Dom Frei João José Costa, O.Carm, como Arcebispo coadjutor da Arquidiocese de Aracaju-SE, transferindo-o da sede episcopal de Iguatu no Ceará. Assim, Dom Frei João passa a auxiliar o arcebispo de Aracaju, Dom José Palmeira Lessa, até que este complete 75 anos e tenha sua renuncia aceita pelo Santo Padre. Por ser arcebispo coadjutor, Dom Frei João tem direito a sucessão da Arquidiocese, e se tornará o quarto arcebispo metropolitano.


Dom Frei João José Costa, O.Carm, é sergipano natural de Lagarto, nasceu em 24 de junho de 1958. Foi nomeado bispo da diocese de Iguatu pelo papa emérito Bento XVI, no dia 07 de janeiro de 2009 e sagrado no dia 19 de março de 2009, sendo sagrante principal Dom José Palmeira Lessa. Tomou posse em 18 de abril do mesmo ano. Escolheu como lema episcopal  “Servo por amor”. É membro da Ordem do Carmo (OCarm) e foi Prior do Convento do Carmo de São Cristóvão, em Sergipe.  


A acolhida do bispo na Arquidiocese está sendo especulada para o dia 04 de Janeiro de 2015, aguardando confirmação.

Já na parte da tarde outra grande notícia. Desta vez a eleição do novo superior provincial da vice província redentorista de Recife. Trata-se do Pe. Geraldo Freire Soares, CSsR., que atualmente é pároco da paróquia do Sagrado Coração de Jesus, Bairro Morro Branco. na cidade de Natal-RN, além de vigário episcopal para os religiosos da Arquidiocese de Natal. O Pe. Geraldo é natural da cidade de Cruzeiro do Nordeste em Pernambuco, nascido no dia 06/01/1967. Foi ordenado Sacerdote na mesma cidade de Cruzeiro do Nordeste, no dia 01/07/2000. E exercerá o ministério de provincial pela segunda vez, desta vez sucedendo o Pe. Antônio Ranis, CSsR.  

Pe. Geraldo Freire, CSsR.
Da esquerda para a direita. Pe. Eugênio, Pe. Luiz, Pe. Geraldo,
Pe. Wagner e Pe. Francisco. 
Junto com o Pe. Geraldo, foi eleito também o conselho provincial, que tem a função de auxiliar o superior nas decisões a serem tomadas na província. Os concelheiros eleitos foram os missionários redentoristas Pe. Francisco Gabriel (Garanhuns - PE),   Pe. Luiz Vieira (Recife - PE), Pe. Wagner Gonçalves (Recife - PE) e o Pe. Eugênio Alexandre (Arapiraca - AL).

Suplicamos ao Santíssimo Redentor que derrame copiosas bênçãos sobre o novo Arcebispo Coadjutor de Aracaju, Dom Frei João José Costa, O.Carm., sobre o novo superior provincial, Pe. Geraldo Freire, CSsR., e todo o conselho vice provincial. E que pela intercessão da Virgem Maria, a Mãe do Carmelo e dos Redentoristas, e de Santo Afonso, os eleitos possam exercer seu ministério com sabedoria e coragem no anuncio da Boa Nova de Nosso Senhor.