O Projeto de Lei 63/2015 de autoria do deputado
Georgeo Passos (PTC) tramita na Assembleia Legislativa de Sergipe, em que pretende
declarar a Festa e Romaria de Nossa Senhora Aparecida Patrimônio Cultural e
Imaterial do Estado de Sergipe e a incluir no Calendário Oficial de Eventos do
Estado de Sergipe.
De acordo com Georgeo Passos, a expectativa é
de aprovar essa propositura até a data da 11ª edição da Romaria, que ocorrerá
no dia 12 de outubro. O parlamentar comentou durante o Programa Êta Sertão da
FM Itabaiana, que espera a colaboração dos demais deputados para que o projeto
seja votado dentro desse prazo.
(Foto: Ademarcos Dantas).
Na Romaria 2014, aproximadamente 100 mil
pessoas estiveram presentes. Os fiéis se concentram no povoado Queimadas, no município de Ribeirópolis, e lá
sempre é celebrada a missa de envio dos romeiros. Após a celebração, as pessoas
enfrentam o percurso de aproximadamente 7 km desse povoado até a cidade de
Nossa Senhora Aparecida, como demonstração de fé. Chegando à cidade, acontece a
Missa dos Romeiros sempre celebrada pelo Arcebispo Metropolitano de Aracaju e co-celebrada
por diversos padres.
A primeira Romaria de Nossa Senhora Aparecida foi
realizada em 2004, na ocasião em que o Papa João Paulo II decretou indulgência
plenária a todas as paróquias e santuários dedicados a Nossa Senhora Aparecida.
Devido a esse decreto aproximadamente 6 mil pessoas procuraram a cidade
sergipana como centro de indulgência. O Padre Jadilson Andrade, atualmente
administrator do Santuário do Bugio em Aracaju, foi o pároco responsável pela
realização da primeira edição da Romaria.
História da paróquia
A Paróquia de Nossa Senhora Aparecida possui 16
comunidade em povoados, sendo 14 delas pertencente ao município de Nossa
Senhora Aparecida e 2 ao município de São Miguel do Aleixo. Desde de 2013 é administrada por Missionários
Redentoristas, sob o governo da Vice-Província de Recife, tendo atualmente como
padres Erisson Roberto Monteiro da Silva, CSsR e Renato Azevêdo.
A
denominação da cidade e da padroeira tem origem a partir de um milagre
concedido a José Torquato de Jesus. De acordo com relatos de
familiares, em 1956, à época com 33 anos ele deixou o povoado Maniçoba (atual
sede do município) para passear no Sudeste do país, mas como em sua terra natal
as oportunidades de emprego eram escassas, por lá ele ficou na residência de
seu irmão no estado de São Paulo.
Durante
sua estadia José Torquato adoeceu
com um problema de saúde sério em um dente, e a cada dia que passava se
agravava mais, com forte dor, e já estava difícil para se alimentar, pois sua
garganta estava muito inchada, o inchaço atingia pescoço e rosto. O médico e o
dentista já não sabiam o que fazer, pois já não faziam efeitos os
anti-inflamatórios, outros procedimentos e muito menos a anestesia. Noites sem
dormir e já bem fraco. José Torquato,
entre o dia 12 a 30 de maio de 1956 (ele não lembrava com exatidão em que dia
do mês de maio ocorreu a cura) movido pela fé começou a fazer oração e de um
modo todo especial lembrou Nossa Senhora Aparecida, e com muita fé pede a cura
à mãe Aparecida. Ele adormece no mesmo instante, e em sua frente Nossa Senhora
Aparecida lhe aparece. Ao lado dela ele caminha pelo povoado Maniçoba, e lá a
santa mostra onde queria a construção da Capela. Neste momento ele é chamado
pela sua esposa, que a questiona se havia melhorado e o mesmo retruca dizendo
que estava curado, em seguida retorna a Sergipe, e no pequenino povoado
constrói a Capela em 1957. O lugarejo posteriormente se torna sede do município
homenageando a santa. Maiores detalhes
sobre a história são relatados no livro Nossa Senhora Aparecida - SE: História,
Fé e Identidade, que estar sendo lançado no dia 10 de outubro pelos
aparecidenses José Leidivaldo, Aparecido Santana e Isabela Alves
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